Cada vez mais populares, o ibeacon, tem sido utilizado para diversas situações, complementando ou proporcionando uma nova experiência a seus usuários. Não sabe o que é iBeacon? Nesse post você pode entender um pouco mais sobre essa tecnologia e suas aplicações. Comentamos que uma delas já havia sido adotada em nosso laboratório de pesquisa e é sobre ela que iremos falar.
A utilização de iBeacons em Museus.
Inicialmente definimos nossa pesquisa como um sistema de georreferenciamento com notificações com contexto utilizado em um ecossistema fechado, que no caso seria um museu. Como resultado da pesquisa produzimos um aplicativo que nomeamos de iMuseu.
Mesmo com o avanço da tecnologia e a popularização de smartphones e tabletes tem sido um difícil missão para os administradores de museus utilizarem esses recursos para complementarem a experiência de um visitante ao explorar um museu ou exposições de arte e cultura. A ligação entre o conteúdo físico e digital se perdia durante a visita ou não era adequadamente aproveitada. Com o advento de sensores como NFC e Beacons essas organizações têm procurado preencher o elo que faltava entre o ambiente físico e o conteúdo virtual.
As primeiras investidas começaram com a popularização dos aplicativos, diversos museus rapidamente produziram seus aplicativos disponibilizando conteúdo relacionado as obras expostas. A ideia era fornecer ao usuário uma experiência complementar na visita, mas na prática não era tão interessante, uma vez que ficar pesquisando o conteúdo dentro do aplicativo comprometia toda a experiência.
Tempos depois um novo recurso tecnológico foi utilizado, o QR Code. Embora muito popular, não caiu na graça dos usuários. Imagens em formato de códigos eram espalhadas pelo museu, o objetivo era que o visitante de posse de um celular com aplicativo leitor de QR Code pudesse ter acesso de forma fácil a informações relacionadas aos objetos expostos. A maior limitação encontrada era a dificuldade do visitante ter que ir até o local do QR Code para tirar a foto, em algumas situações com o ambiente cheio isso era impraticável.
Ficou claro que era preciso encontrar uma solução que levasse em consideração a localização do visitante dentro do museu, pois desta forma poderia-se fornecer conteúdo baseando-se no local onde ele está, proporcionando um maior conforto e por consequência uma melhor experiência ao visitar o museu.
Embora o GPS tenha proporcionando a diversas aplicações uma melhor interação com o usuário se tratando de geolocalização, uma parcela de situações ainda estavam sem uma solução. O maior desafio até então se tratava de ecossistemas fechados, ou seja, pequenos ambientes.
Então em 2013 a Apple lança o iBeacon e com ele a solução que que revolucionaria a forma como as pessoas interagem com pequenos ambientes.
Embora já tenhamos citado detalhado algumas características sobre o iBeacon não custa nada lembrar:
O que é iBeacon?
Os iBeacon são transmissores Bluetooth 4.0 BLE (Bluetooth Low Energy) que possibilitam identificar a proximidade ou não de usuário de posse de seus smartphones.
Diante da disponibilidade e popularização dessa tecnologia propusemos a criação do protótipo iMuseu para validação das ideias aqui expostas:
Possibilidade criadas pelo iBeacon
O uso combinado de ibeacons com diversas outras tecnologias, nem tão recentes, criam um mundo de possibilidades, proporcionando uma melhor experiência do usuário ao visitar o museu. A seguir as possibilidades propostas:
1. Fim da “caça ao tesouro”
Ao visitar um museu, principalmente os mais badalados é comum presenciar situações de pessoas procurando onde está o QR Code relacionado a obra de arte. Em algumas situações, onde o salão está mais cheio, a dificuldade não é encontrar, mas, se aproximar para fazer a leitura.
Integração do aplicativo Guia do Museu com Beacons estrategicamente instalados. Uma boa sugestão é instala-los junto com os QR Codes, garantido que cada beacon será referente a uma obra exposta, desta forma o aplicativo iMuseu irá identificar a presença dos Beacons e exibir o conteúdo relacionado de forma automática. Caso o aplicativo não esteja em uso, uma opção disponível é que o usuário seja alertado sobre qual obra de arte está em sua proximidade e quando selecionar a notificação o aplicativo será aberto já na tela do conteúdo relacionado. Tal praticidade põem um ponto final na árdua experiência de buscar as informações complementar no aplicativo possibilitando assim que o usuário desfrute de uma nova experiência ao explorar o espaço.
2. O que já foi visto? O que não foi?
É comum esquecermos ou deixarmos de ver algumas das peças expostas em um museu, por descuido, por falta de atenção ou pelo simples fato de não sabermos onde ela estava.
Pensando nisso, o aplicativo lista, por ordem de relevância, em sua tela inicial todas as obras expostas. Dessa forma, o usuário pode marcar como favorito as que tem interesse em ver. A relevância de cada item exposto é determinado justamente pela combinação das obras que foram favoritadas e as que foram vistas. Diante disso o aplicativo irá avisar sempre que o visitante se aproximar de uma obra definida como favorita, além disso, caso o usuário esteja relativamente perto e abra a tela de informações relacionada a obra de arte o aplicativo irá contabilizar automaticamente como obra vista, desta o usuário poderá facilmente controlar o que já foi visto e o que ainda será.
3. Maior interatividade entre os visitante (Gamification)
Mural de recados? Livro de visitas? Esses recursos durante muito tempo foram a única forma do visitante interagir com o museu, mas não possibilitava por exemplo de interagir com outros visitantes deixando comentários para que os outros pudessem ver.
Com a possibilidade de identificar se um usuário do aplicativo está ou não próximo a uma determinada obra de arte, cria-se um ambiente favorável a desenvolver o gamification, dessa forma pode-se criar pequenos desafios que possibilitem aos visitantes interagir entre si, criando ranking com os que mais pontuarem. O aplicativo possibilita também, que visitantes possam deixar comentários anexados aos itens, estes podem ser facilmente visualizados por outros visitantes que estejam nas imediações.
4. Interatividade com as redes sociais.
Alguma vez você já quis dar um “like” em uma pintura exposta em um museu? ou Realizar um tweet sobre um item especifico?
Como os beacons podem determinar que você realmente está ao lado de um item, compartilhar essas informações nas redes sociais podem se tornar mais um motivo para entretenimento no museu.
5. Guia interativo:
Talvez um dos recursos mais óbvios mas que não podemos deixar de citar. Sabendo a localização em que o usuário está dentro do museu fica fácil indicar informações relevantes como por exemplo lanchonetes, banheiros, saídas entre outras informações relevantes.
6. Disposição física das pessoas dentro do Museu.
Embora seja um recurso que exija um sistema web para exibição e análise das informações, o aplicativo iMuseu envia em tempo real para os servidores a localização de cada usuário sempre que ele se movimenta dentro do museu, dessa forma é possível analisar com facilidade a localização dos visitantes.
Tal recurso pode por exemplo identificar horários e locais de pico de pessoas.
7. Acessibilidade
Muitas vezes ler as informações relacionadas a obra em exposição é algo desafiador para jovens, para idosos isso fica ainda mais difícil.
O aplicativo conta com um modo de acessibilidade em que um sintetizador de voz realiza a leitura de forma automática no momento em que o usuário se aproxima de um objeto, dessa forma o visitante fica encarregado apenas de contemplar as obras e escutar todas as informações relevantes.
Algumas empresas tem se especializado no desenvolvimento de aplicativos que utilizam dessa tecnologia.
Tem uma ideia? Conheça a empresa Usemobile.